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Câmara realizou audiência pública pelo combate à exploração sexual de crianças e adolescentes

por Oswaldo Luiz última modificação 21/05/2019 15h23

No último sábado, 18 de maio, a Câmara Municipal de Angra dos Reis realizou, no Plenário Presidente Benedito Adelino, audiência pública alusiva ao Dia Amarelo/Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.  

A audiência foi presidida pelo vereador Zé Augusto e contou com presença de profissionais de órgãos como Conselho Tutelar, Santa Casa de Misericórdia e Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS).

Na ocasião, a psicóloga Rita Amaral, profissional com mais de 30 anos de experiência no atendimento a vítimas de violência sexual, ministrou palestra apresentando os dados da situação no Brasil. A psicóloga mostrou dados alarmantes como o fato de que 500 mil crianças e adolescentes são vítimas de exploração sexual por ano no Brasil e que cerca de 38% das crianças que sofreram abuso têm de zero a onze anos de idade.

Outro dado trazido pela profissional é que o abuso é frequentemente praticado por pessoas próximas à criança ou adolescente, como pais, tios, professores, primos e padrastos. Ela apresentou, ainda, sinais a que os pais devem estar atentos no comportamento da criança, como:

  • Alterações no sono;
  • Falta de apetite;
  • Queda no rendimento escolar;
  • Fugas e relutância em ir a determinados locais;
  • Dores na área genital.

A psicóloga trouxe, ainda, dicas de prevenção que devem ser adotadas pelos pais e ressaltou a importância do diálogo com a criança. Ela falou também sobre a importância da denúncia de abusos, que pode ser feita na delegacia ou pelo Disque 100, que recebe queixas de forma anônima.

“Não quer denunciar na delegacia, disque 100, ele vai orientar e encaminhar esse caso. Não é preciso nem se identificar. É sigiloso, funciona 24 horas por dia e temos que fazer alguma coisa. São 500 mil crianças por ano exploradas sexualmente no Brasil, a cada cinco segundos uma criança é vítima de exploração sexual. Cabe a nós agirmos”, encerrou Rita Amaral.