Comissão de segurança pública tratou da questão da segurança portuária no município
Nesta segunda-feira (18), a Comissão de Segurança Pública da Câmara Municipal de Angra dos Reis realizou reunião, no Plenário Presidente Benedito Adelino. A reunião foi presidida pelo presidente Dudu do Turismo e contou com presença da vice-presidente da comissão, Gabi Greg, e do membro Edinho Rodrigues. O vereador Charles Neves e a vereadora Luciana Valverde também estiveram presentes, além do presidente da Casa, vereador Helinho. O almirante Francisco Antônio de Magalhães Laranjeira, diretor-presidente da Companhia Docas do Rio de Janeiro (CDRJ) também esteve no evento.
“Hoje nosso maior problema é a segurança pública e me preocupa muito, sendo presidente da Comissão de Segurança Pública, saber que a guarda portuária estava desarmada, isso me chamou muita atenção. Nós tínhamos aqui 14 guardas portuários, os quais já foram transferidos dois. Nós só temos hoje 12 guardas desarmados. Não sei se é do conhecimento da população, mas já tivemos ali apreensão de tráfico de entorpecentes com destino à Ilha Grande. Quando teve aqui o assalto ao Banco do Brasil, os meliantes saíram pelo porto também. Nós temos o Lote 8, que fica afastado aqui do porto que precisa de uma guarda ativa, com viatura patrulhando, senão vai virar mais um ponto de drogas e coisas ilícitas e não é isso que a gente quer para nossa cidade [...]”, disse o presidente da Comissão, Dudu do Turismo, que pediu ajuda ao almirante Laranjeira nessa questão.
O almirante explicou a questão da guarda portuária em Angra dos Reis. “As pessoas que entraram na guarda, de acordo com o edital de publicação, com o qual eles concordaram porque eles fizeram o concurso, é para que trabalhem seis horas, em turnos, e eles possam trabalhar em qualquer dos portos que a Companhia Docas tem. A Companhia Docas administra Rio de Janeiro, Itaguaí, Niterói e Angra. O porto de Angra é arrendado a portas fechadas. O responsável por cuidar daquele patrimônio inventariado é a empresa responsável pelo arrendamento. Então é por isso que eu já tendo os guardas do Porto de Niterói, tenho que movimentar os guardas daqui, senão teríamos um paradoxo muito grande porque como eu, empresa pública, dinheiro público, vamos fazer segurança de um porto particular, privado? Não tem sentido nenhum”, respondeu o almirante.
Ele explicou ainda a questão do armamento. “A guarda portuária tem função dentro da companhia de guarda patrimonial, ela tem que cuidar do patrimônio. Me perguntaram se a guarda está desarmada. Não está, ela está com armamento menos letal. A tonga, o choque elétrico são armamentos, mas menos letais. Não necessariamente eu preciso de arma de fogo para dizer que aquilo é uma arma”, disse.
O vereador Edinho Rodrigues sugeriu a realização de uma audiência pública para tratar da questão de maneira mais assertiva, pois o consenso entre os vereadores é que a guarda-portuária não pode ser extinta da cidade, independentemente de o porto estar arrendado para empresa privada. A vereadora Luciana destacou que “[...]mesmo arrendada, a área continua sendo portuária, ele pode alugar, arrendar, mas nada vai mudar com relação à propriedade da área [...]”.
A reunião completa está disponível para visualização em: https://www.youtube.com/watch?v=a3KZMZtQq5E.
Foto: Igor Abreu