Legislativo promove debate sobre violência contra a mulher
A Câmara Municipal de Angra dos Reis promoveu na noite desta segunda-feira, 27, no Plenário Presidente Benedito Adelino, a audiência pública sobre a “Luta e o combate à violência contra a mulher”. O debate foi proposto pelo vereador Helinho do Sindicato, por meio da Lei Municipal Nº 3.431 de 2015.
- Nossa mensagem central é: denuncie! Vivemos uma realidade de muita violência, principalmente contra as mulheres. Essa minha lei no município tem o objetivo de dar luz a este grande problema. É preciso que as vítimas percam o medo e denunciem. Estamos fazendo a nossa parte e é preciso que a sociedade faça a dela para darmos um basta na violência contra a mulher – ressaltou o vereador Helinho do Sindicato.
O debate contou com a palestra da diretora de Enfermagem do Hospital Geral da Japuíba, Beatriz Bessa, que é especialista em Gerontologia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), especialista em gestão em saúde e controle infecção hospitalar, pela Faculdade Método de São Paulo (FAMESP).
- Hoje nós temos um índice muito grande de mulheres vítimas de violência, não só a física, mas também psicológica, patrimonial e sexual. A gente tem recebido no HGJ muitos casos de violência contra a mulher. Fazemos o acompanhamento e encaminhamos para a assistência social. Daí estas pacientes são encaminhadas para o Creas do município. Juntos, cada um fazendo sua parte, temos que lutar contra todas as formas de violência contra a mulher – destacou a enfermeira.
O inspetor de polícia da Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (DEAM) de Angra dos Reis, Delano Gonçalves, falou a respeito do trabalho realizado pela unidade.
- Desde fevereiro, estamos a frente desta delegacia e recebendo denúncia de violência doméstica contra a mulher, em parceria com a polícia militar. Estamos pedindo na justiça alguns mandados de prisão e a justiça tem nos ajudado em relação a isso – avaliou o inspetor.
Segundo Marina Pampuri, coordenadora técnica do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), as famílias que atravessam situação de risco pessoal e social, por violação de direitos, estão sendo acompanhadas.
- Entre os vários casos, acompanhamos também as mulheres. A nossa equipe é composta por assistente social, psicólogo e advogado que delimitam as demandas destas famílias, tentando auxiliá-las para que elas consigam superar a situação de violação de direito, de violência – finalizou a coordenadora do CREAS.