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O Imperador em Angra dos Reis

por Maximiliano Moreira Rodrigues última modificação 24/09/2015 22h36

Em jornais da época, encontram-se registros das visitas feitas pelo Imperador D. Pedro II a Angra dos Reis. A primeira vinda de D. Pedro foi em 05.12.1863, tendo chegado às 12h na Enseada das Palmas, Ilha Grande. O Presidente da Câmara era o Comendador João Pedro de Almeida, o Secretário era o Coronel Francisco Teixeira de Carvalho e os outros vereadores eram: Estevão José Pereira, Tenente João Norberto Galindo, Manoel Teixeira da Cunha, João Caetano da Silva, Dr. João Pereira Peixoto Guimarães, Professor Tomaz Augusto Rabelo de Vasconcelos, Dr. Dinis Frederico de Vilhena e Dr. Felipe Jansen de Castro. O Chefe do Império Brasileiro foi saudado com salvas dos canhões que, normalmente, eram usados contra os piratas. Na noite de 08 de dezembro, o Imperador foi homenageado em discurso do vereador Dr. Dinis Frederico de Vilhena, que falou em nome da cidade. Todas essas passagens foram registradas por jornais locais e do Rio de Janeiro, dentre eles “Jornal do Comércio”, “O Conservador”, “A Nova Phase” e “A Liga Constitucional”, arquivados na Biblioteca Nacional.


Somente 23 anos depois, em 19.04.1886, o Imperador voltou a Angra dos Reis, ocasião em que visitou a Casa da Câmara. Três anos depois, em 15.08.1889, o Imperador retornou à cidade, acompanhado por seu neto, o Príncipe Dom Pedro Augusto. Recebido pelo Presidente da Câmara Coronel João José Peixoto e pelos vereadores Manuel Teixeira da Cunha Junior, Coronel Antônio Joaquim de Oliveira Galindo, Maximiano Teixeira de Oliveira Soares, Coronel João de Matos Travassos, José Alves de Carvalho, Mamede Jordão da Silva Vargas, José Pereira Carneiro e Joaquim Francisco de Azevedo, D. Pedro II visitou a Biblioteca da Câmara e assinou o livro de visitantes.

A última visita de D. Pedro II a Angra dos Reis foi em 17.11.1889, como Monarca deposto, a caminho do exílio com a família imperial. D. Pedro II esteve na Ilha Grande, na Fazenda de Dois Rios, local onde, anos depois, o Presidente Floriano Peixoto determinou a construção de uma Colônia Correcional.

Realmente, muito se perdeu. No arquivo do Legislativo angrense existem Livros-Atas aonde os fatos acontecidos a partir de 1936 encontram-se registrados. Nesse ano de 1936, a CMAR era composta por 11 vereadores e possuía três Comissões Permanentes.